Allyson Henrique de Sá Lopes, também conhecido como Bá, 23, foi assassinado em 31 de Janeiro de 2016. Allyson era membro da Liga dos Camponeses Pobres e vivia no assentamento “Terra Nossa” que era a ocupação da fazenda Tucumã, em Cujubim – Rondônia.
Em Janeiro de 2016, o grupo sem-terra do qual Allyson fazia parte deixou a ocupação em razão da reintegração de posse concedida ao dono da área por determinação da justiça. Após a reintegração, cinco ex-ocupantes voltaram ao local sob a alegação de que iam buscar objetos deixados na área. De acordo com testemunhas, ao deixarem o local os cinco ex-ocupantes foram emboscados por um grupo armado. Todos os cinco tentaram fugir, foram perseguidos pelo grupo e somente três conseguiram escapar.
No dia seguinte, um corpo carbonizado foi encontrado dentro de um carro. O resultado de exames de DNA comprovou que o corpo era de Alysson Henrique de Sá Lopes. Todavia, devido às condições do corpo, a perícia não conseguiu identificar a causa definitiva da sua morte. Ruan Hildebrandt de Aguiar que fazia parte das cinco pessoas perseguidas, até hoje não foi encontrado e foi dado como morto. Os outros três conseguiram fugir, embora um deles, Renato de Souza Benevides, tenha sido assassinado em Março de 2017.
Em 03 de Fevereiro de 2016, foi apreendida na fazenda Tucumã uma caminhonete com uma metralhadora, quatro espingardas, um revólver, munição, fardamento e GPS. O proprietário da fazenda Tucumã, Paulo Iwakami (Paulo Japonês), seu gerente Sérgio Suganuma, e os seguranças Rivaldo de Souza, Moisés Ferreira de Souza e Jonas Augusto dos Santos Silva são acusados de matar Allyson e Ruan, e de tentarem matar outras três pessoas. O julgamento estava previsto para ser iniciado em 15 de Agosto de 2017, em Ariquemes. Entretanto, foi adiado para Outubro de 2017, pois o advogado de um dos réus não compareceu à sessão de abertura do julgamento e outro renunciou ao mandato.