ntônio Isídio Pereira da Silva, 52, foi visto pela última vez em 20 de dezembro de 2017, quando seu corpo sem vida foi encontrado quatro dias depois, no município de Codó, no Maranhão.
Antônio era conhecido por seu compromisso com a luta pelos direitos à terra na “Comunidade de Vergel” e, segundo o padre Josef Wasensteiner, o líder comunitário já havia sofrido diversas ameaças por causa de sua liderança. Além disso, antes da morte de Antônio, ele queria denunciar às autoridades a extração ilegal de madeira que acontecia naquela região.
O modo no qual Antônio morreu ainda permanece desconhecido.
Fontes afirmam que o líder pediu para participar do Programa de Defensores dos Direitos Humanos do Brasil, no entanto as autoridades brasileiras alegaram que ele não cumpriu as exigências para se enquadrar em tal programa. Assim, Foi oferecido para Antônio, o Programa de Vítimas e Testemunhas (Provita), na época.
A Anistia Internacional no Brasil, emitiu uma declaração de solidariedade em relação à morte do líder:
“O assassinato de Antônio Isídio é revoltante. Foi uma tragédia anunciada. Nos últimos três anos denunciamos diversas vezes as ameaças sofridas por ele e a violência decorrente de conflitos agrários na região de Codó, no Maranhão. E as autoridades – em todos os níveis – não tomaram nenhuma medida para garantir a segurança dessas pessoas. O preço da inação do estado, como em tantos outros casos, foi a morte anunciada de Antônio Isídio. Isso é inadmissível”, afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.