Genésio Guajajara, 30 anos, morador da aldeia Formosa localizada na Terra Indígena Araribóia, foi assassinado na manhã do dia 11 de abril de 2016, com pauladas e um tiro no tórax. O crime ocorreu na zona urbana de Amarante do Maranhão.
Os cerca de dez mil Indígenas Guajajara e Awa, que vivem em Araribóia, sofrem com a prática da extração ilegal de madeira, e são frequentemente vítimas de ameaças e violência praticada pelos madeireiros da região, que tentam a todo custo retomar o território ocupado pelo Povo Guajajara.
Como medida de autoproteção, e uma forma de garantir a segurança dos indígenas e a preservação dos limites do território já demarcado, os Guajajaras criaram em 2008 um grupo de proteção do território, o qual em 2013 foi oficializado como o grupo dos Guardiões. A partir da criação do grupo, a violência contra os indígenas se intensificou e foram registradas quatro mortes de membros do Povo Guajajara, incluindo a de Genésio.
Segundo o Conselho Indigenista Missionário, devido a pouca fiscalização no local, os crimes não são investigados, e juntamente com a morosidade do Estado em responder as demandas de demarcação de terras, causam uma intensificação dos conflitos no território.
É preciso que medidas urgentes para investigação dos crimes seja tomada por parte da Secretaria de Segurança do Estado, e que os responsáveis pelos crimes sejam punidos, para que assim seja inibida a ação criminosa contra os defensores de direitos humanos.
Segundo dados reunidos pelo Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos, pelo menos 24 defensores de direitos humanos foram assassinados no Brasil no primeiro trimestre de 2016.