Kátia de Sousa Martins, 43 anos, presidente da Associação de Moradores do Assentamento 1º de Janeiro, na zona rural de Castanhal, no Pará, foi assassinada a tiros na noite de quinta-feira, 04 de maio de 2017, dentro de sua própria casa e na frente do neto de apenas 6 anos de idade.
O Assentamento 1º de Janeiro foi estabelecido por volta de 2012 e era o lar de 94 famílias. A Associação de Moradores era responsável pela distribuição da terra entre as famílias, pela criação das regras dentro do Assentamento e por trabalhar pelos interesses do coletivo.
No dia 22 de maio de 2017 a polícia prendeu 3 homens e 1 mulher por suspeita de envolvimento no crime.
Aparentemente, o grupo é composto por assentados que se opunham à liderança de Kátia na Associação. Testemunhas declararam que era comum que eles realizassem críticas e ameaças a Kátia, sendo que a violência teria escalado depois da reeleição da mesma à presidência da Associação e depois que um dos suspeitos perdeu o seu terreno por desrespeitar as regras da Associação, as quais determinavam que, para manter a terra, ele deveria morar e produzir no terreno.