Kwaxipuhu Ka’apor

Kwaxipuhu Ka’apor, de 32 anos, era membro do povo indígena Ka’apor. Morava na Terra Indígena Alto Turiaçu (TI) (Norte do Maranhão) e foi encontrado morto no início da noite de 3 de julho de 2020. Seu corpo foi despejado à beira de uma estrada vicinal, sendo encontrado por outros membros da comunidade. Ele foi espancado até a morte com uma barra de ferro, no que parece ter sido uma emboscada planejada.

O crime brutal aconteceu no município de Centro do Guilherme, a cerca de 300 quilômetros de São Luís, no Maranhão. O povo Ka’apor acredita que a matança está ligada à luta pela terra e à violência de grandes latifundiários e seus capangas.

As terras dos povos indígenas da região estão cada vez mais submetidas à pressão da disseminação da monocultura para a produção de arroz e, mais recentemente, soja. Seu modo de vida também é ameaçado pelas atividades de madeireiros ilegais que visam espécies de árvores raras e valiosas. 80% da floresta natural do Maranhão já foi destruída.

Terras indígenas também estão sendo usadas por traficantes para transportar drogas para a região. O órgão representativo do povo Ka’apor, a “Associação Ka’apor Ta hury do Rio Gurupi”, levantou essas questões junto às autoridades em diversas ocasiões. As autoridades fizeram muitas promessas de proteger os povos indígenas, mas nada acontece.

Os Ka’apor afirmaram que Kwaxipuhu Ka’apor foi morto em retaliação por uma ação dos Ka’a Usak Há Ta (guardiões da floresta) para evitar a presença de invasores. Os guardiões ​​destruíram uma plantação ilegal de maconha mantida por não indígenas de fora do território. Kwaxipuhu era membro do Ka’a Usak Ha Ta e pode ter sido alvo por causa deste trabalho.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Maranhão

Gênero1:Masculino

Idade:32

Data da morte:03/08/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Ka’apor people

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra, Direitos ambientais, Direitos dos povos indígenas

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

Kwaxipuhu Ka’apor

Kwaxipuhu Ka’apor, de 32 anos, era membro do povo indígena Ka’apor. Morava na Terra Indígena Alto Turiaçu (TI) (Norte do Maranhão) e foi encontrado morto na madrugada de 3 de julho de 2020. Seu corpo havia sido jogado à beira de um ramal e encontrado por outros integrantes do comunidade. Ele havia sido espancado até a morte com uma barra de ferro no que parecia ter sido uma emboscada planejada.

O crime brutal aconteceu no município de Centro do Guilherme, a cerca de 300 quilômetros de São Luís, no Maranhão. O povo Ka’apor acredita que a matança está ligada à luta pela terra e à violência de grandes latifundiários e seus capangas.

As terras dos povos indígenas da região estão cada vez mais sob pressão com a disseminação da monocultura para a produção de arroz e, mais recentemente, soja. Seu modo de vida também é ameaçado pelas atividades de madeireiros ilegais que visam espécies raras e valiosas de árvores. 80% da floresta natural do Maranhão já foi destruída.

Terras indígenas também estão sendo usadas por traficantes de drogas para transportar drogas para a região. O órgão representativo da Ka’apor, a “Associação Ka’apor Ta hury do Rio Gurupi”, levantou essas questões junto às autoridades em diversas ocasiões. As autoridades fizeram muitas promessas de proteger os povos indígenas, mas nada acontece.

Os Ka’apor afirmaram que Kwaxipuhu Ka’apor foi morto em retaliação por uma ação dos Ka’a Usak Há Ta (guardiões da floresta) para evitar a presença de invasores. Os responsáveis ​​destruíram uma plantação ilegal de maconha mantida por não indígenas de fora do território. Kwaxipuhu era membro do Ka’a Usak Ha Ta e pode ter sido alvo por causa deste trabalho.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Maranhão

Gênero1:Masculino

Idade:32

Data da morte:03/08/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Ka’apor people

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra, Direitos ambientais, Direitos dos povos indígenas

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

Kwaxipuhu Ka’apor

Kwaxipuhu Ka’apor, de 32 anos, era membro do povo indígena Ka’apor. Morava na Terra Indígena Alto Turiaçu (TI) (Norte do Maranhão) e foi encontrado morto no início da noite de 3 de julho de 2020. Seu corpo foi despejado à beira de uma estrada vicinal, sendo encontrado por outros membros da comunidade. Ele foi espancado até a morte com uma barra de ferro, no que parece ter sido uma emboscada planejada.

O crime brutal aconteceu no município de Centro do Guilherme, a cerca de 300 quilômetros de São Luís, no Maranhão. O povo Ka’apor acredita que a matança está ligada à luta pela terra e à violência de grandes latifundiários e seus capangas.

As terras dos povos indígenas da região estão cada vez mais submetidas à pressão da disseminação da monocultura para a produção de arroz e, mais recentemente, soja. Seu modo de vida também é ameaçado pelas atividades de madeireiros ilegais que visam espécies de árvores raras e valiosas. 80% da floresta natural do Maranhão já foi destruída.

Terras indígenas também estão sendo usadas por traficantes para transportar drogas para a região. O órgão representativo do povo Ka’apor, a “Associação Ka’apor Ta hury do Rio Gurupi”, levantou essas questões junto às autoridades em diversas ocasiões. As autoridades fizeram muitas promessas de proteger os povos indígenas, mas nada acontece.

Os Ka’apor afirmaram que Kwaxipuhu Ka’apor foi morto em retaliação por uma ação dos Ka’a Usak Há Ta (guardiões da floresta) para evitar a presença de invasores. Os guardiões ​​destruíram uma plantação ilegal de maconha mantida por não indígenas de fora do território. Kwaxipuhu era membro do Ka’a Usak Ha Ta e pode ter sido alvo por conta deste trabalho.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Maranhão

Gênero1:Masculino

Idade:32

Data da morte:03/08/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Ka’apor people

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra, Direitos ambientais, Direitos dos povos indígenas

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).