Luiz Carlos da Silva

No dia 22 de maio de 2016, foram encontrados os corpos do casal Luiz Carlos da Silva e Cleidiane Alves Teodoro boiando no rio Candeira, região do Vale do Jamari, em Buritis. As vítimas apresentavam tiros na cabeça e cortes no abdômen.

Segundo a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), Luiz Carlos da Silva era liderança do acampamento Luiz Carlos (assim denominado em homenagem a outro camponês desaparecido em 2014) e por este motivo o casal teria sido assassinado. Este acampamento fica situado no area da Fazenda Fluminense, em Monte Negro, esta ocupação gera tensões entre latifundiarios e os camponeses, que lutam pela reforma agrária na região.

A Liga dos Camponeses Pobres (LCP), da qual o Senhor Geraldo era membro, é um movimento social que organiza trabalhadores rurais sem terra na luta por reforma agrária e justiça social no area rural.

O assassinato de Luiz Carlos da Silva não foi um incidente isolado. Infelizmente, esse assassinato se enquadra em um cenário de aumento da violência contra defensores de direitos humanos no Brasil, especialmente contra defensores do direito à terra. De acordo com Comissão Pastoral da Terra, 21 pessoas foram assassinados devido aos conflitos agrários somente em 2016 no estado de Rondônia. No total, 61 defensores foram mortos no Brasil no ano de 2016 em função de conflitos agrários. Esses números ressaltam a enorme coragem dessas comunidades de sem-terra que lutam pelos seus direitos e enfrentam latifundiários, mesmo após tanta violência que já sofreram.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Rondônia

Gênero1:Masculino

Idade:25

Data da morte:22/05/2016

Ameaças Anteriores:Nenhuma Informação

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:A Liga dos Camponeses Pobres (LCP)

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).