De acordo com a organização Conselho Indigenista Missionário (CIMI): « há anos, os cerca de dez mil indígenas Guajajara e Awá que vivem na TI Arariboia sofrem com a extração ilegal de madeira e com as ameaças e a violência praticada pelos madeireiros da região. »
Tendo em vista a incapacidade do Estado em garantir a segurança dos indígenas e a preservação da terra indígena, os Guajajara decidiram garantir a fiscalização da área impedir invasões e a extração ilegal de madeira.
Em 2008, criaram um grupo de proteção do território, oficializado em 2013 como o grupo dos « Guardiões ». A atuação dos Guardiões dificultou a extração ilegal dos recursos naturais da Terra Indígena (TI) Arariboia, o que incomodou poderosos grupos econômicos da região. Desde então intensificou-se a violência contra os indígenas no Maranhão.
Aponuyre Guajajara, um jovem de apenas 16 anos da aldeia Arariboia, uma das mais de cem aldeias do povo Tentehar/Guajajara que compõem a TI Arariboia, fazia parte do grupo dos Guardiões, e como tal lutava pela defesa da TI Arariboia. No dia 26 de março 2016, Aponuyre Guajajara foi assassinado com vários tiros.
Aponuyre Guajajara foi um dentre os quatro integrantes do povo Guajajara assassinados entre março e abril de 2016 por defender a TI Arariboia, próximo do município de Amarante, Maranhão.