Franscisca das Chagas Silva

Francisca das Chagas Silva, 34 anos, foi estrangulada, abusada sexualmente e encontrada morta em 02 de fevereiro de 2016, na cidade de Miranda do Norte, no Maranhão.

Francisca foi assassinada depois de deixar um evento nos escritórios do conselho local. Seu corpo foi encontrado em uma poça de lama, nua com sinais de esfaqueamento, estrangulamento e estupro. O assassinato de Francisca mostra a assustadora realidade da violência contra as mulheres no Brasil, especialmente as negras e indígenas.

Francisca era uma trabalhadora rural da aldeia quilombola de Joaquim Maria e uma líder do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miranda do Norte. Francisca também participou ativamente do Grupo de Estudos Sindicais (GES Mulher). Francisca, que lutou pelo direito de acesso à terra, foi alvo de sua atividade em defesa desses direitos. Francisca foi uma das participantes da “Marcha das Margaridas”, realizada em Brasília, com a seguinte agenda: “Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.

Logo após o assassinato, o representante local de Miranda do Norte anunciou que a investigação sobre a morte de Francisca estava em andamento, buscando identificar as circunstâncias e os autores do assassinato. No entanto, mais de um ano desde o assassinato não houve progresso no caso. Relatores da ONU pediram explicações do governo brasileiro sobre a morte de quase 30 ativistas de direitos humanos, incluindo Francisca. Em fevereiro de 2017, três meses após o prazo dado pela ONU, o governo brasileiro respondeu apenas superficialmente a cinco dos casos, e nada ficou esclarecido sobre o assassinato de Francisca.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Maranhão

Gênero1:Feminino

Idade:34

Data da morte:02/02/2016

Questão de gênero envolvida na morte:Evidências de violência de gênero e/ou sexual

Tipo de trabalho:Sindicalista

Organização:Rural Workers of Miranda do Norte

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos ESC

Detalhes do Setor:Comunidades camponesas, Direitos da Mulher, Liberdade de expressão

Maiores informações:Front Line Defenders

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