Flávio Gabriel Pacífico dos Santos

Flávio Gabriel Pacifico dos Santos (Binho do Quilombo), 36 anos, tinha deixado seu filho na escola e logo depois ia para um sepultamento. Quando seu carro ainda estava parado, em frente à Escola Municipal Nova Esperança,  homens não identificados chegaram e dispararam pelo menos 14 vezes contra Binho, no momento em que ele estava dentro do carro.

Antes de ser assassinado Binho estava engajado contra a instalação de um aterro sanitário em Simões Filho pela empresa Naturelle. Além disso, Binho mantinha uma página na internet onde publicava notícias sobre a comunidade de Pitanga dos Palmares e descrevia os problemas enfrentados pelos quilombolas em diversas frentes e cobrava soluções por parte do Estado.3 Binho já tinha relatado ameaças e buscava por proteção estatal, porém como o Estado da Bahia está sem PPDDH há cerca de dois anos, ele não obteve sucesso. O homicídio está sendo investigado pela 22ª Delegacia Territorial (DT) de Simões Filho. Em dezembro de 2017 Leandro Pereira da Silva,  suspeito de matar Binho chegou a ser preso. A polícia continua procurando suspeitos.

Débora Souza, jornalista da Simões Filho Online, o descreveu como “líder nato (…) e grande militante na luta pela valorização das comunidades quilombolas.” Binho foi assessor na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho. Também foi presidente da Associação Quilombola de Pitanga dos Palmares e chegou a ser candidato a vereador em 2016. Era filho da Yalorixá e ex-secretária da Promoção da Igualdade Racial do município de Simões Filho, Maria Bernadete Pacífico. “Bernadete é uma mulher guerreira e de coragem. Isso para ela foi como arrancar o coração”, expressou um amigo. Deixou esposa (Eliane de Jesus), com quem viveu 19 anos e filhos. Ele também tinha uma irmã de criação, Claudineia Conceição.

Entre os muitos depoimentos de amigos e familiares e amigos nas redes sociais, destacamos o de Ailton Costa, filiado ao PT de Simões Filho. “Estou sem chão! Binho era uma grande criatura, uma pessoa boa, que pensava muito na sua comunidade. Ele vai fazer muita falta – um ser humano da melhor qualidade – eu tive um prazer muito grande em te-lo conhecido e ter tido como companheiro de militância política. Que Deus o receba com muita luz, pois ele foi um homem bom aqui na terra,” lamentou

 


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Bahia

Apelido:Binho do Quilombo

Gênero1:Masculino

Idade:36

Data da morte:19/11/2017

Ameaças Anteriores:Sim

Tipo de trabalho:Dirigente social

Organização:Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos Civis e Políticos, Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra, Direitos dos afro descendentes, Direitos dos povos indígenas

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

Flávio Gabriel Pacífico dos Santos

Flávio Gabriel Pacifico dos Santos (Binho do Quilombo), 36 anos, tinha deixado seu filho na escola e logo depois ia para um sepultamento. Quando seu carro ainda estava parado, em frente à Escola Municipal Nova Esperança,  homens não identificados chegaram e dispararam pelo menos 14 vezes contra Binho, no momento em que ele estava dentro do carro.

Antes de ser assassinado Binho estava engajado contra a instalação de um aterro sanitário em Simões Filho pela empresa Naturelle. Além disso, Binho mantinha uma página na internet onde publicava notícias sobre a comunidade de Pitanga dos Palmares e descrevia os problemas enfrentados pelos quilombolas em diversas frentes e cobrava soluções por parte do Estado.3 Binho já tinha relatado ameaças e buscava por proteção estatal, porém como o Estado da Bahia está sem PPDDH há cerca de dois anos, ele não obteve sucesso. O homicídio está sendo investigado pela 22ª Delegacia Territorial (DT) de Simões Filho. Em dezembro de 2017 Leandro Pereira da Silva,  suspeito de matar Binho chegou a ser preso. A polícia continua procurando suspeitos.

Débora Souza, jornalista da Simões Filho Online, o descreveu como “líder nato (…) e grande militante na luta pela valorização das comunidades quilombolas.” Binho foi assessor na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho. Também foi presidente da Associação Quilombola de Pitanga dos Palmares e chegou a ser candidato a vereador em 2016. Era filho da Yalorixá e ex-secretária da Promoção da Igualdade Racial do município de Simões Filho, Maria Bernadete Pacífico. “Bernadete é uma mulher guerreira e de coragem. Isso para ela foi como arrancar o coração”, expressou um amigo. Deixou esposa (Eliane de Jesus), com quem viveu 19 anos e filhos. Ele também tinha uma irmã de criação, Claudineia Conceição.

Entre os muitos depoimentos de amigos e familiares e amigos nas redes sociais, destacamos o de Ailton Costa, filiado ao PT de Simões Filho. “Estou sem chão! Binho era uma grande criatura, uma pessoa boa, que pensava muito na sua comunidade. Ele vai fazer muita falta – um ser humano da melhor qualidade – eu tive um prazer muito grande em te-lo conhecido e ter tido como companheiro de militância política. Que Deus o receba com muita luz, pois ele foi um homem bom aqui na terra,” lamentou

 


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Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Bahia

Apelido:Binho do Quilombo

Gênero1:Masculino

Idade:36

Data da morte:19/11/2017

Ameaças Anteriores:Sim

Tipo de trabalho:Dirigente social

Organização:Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos Civis e Políticos, Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à terra, Direitos dos afro descendentes, Direitos dos povos indígenas

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

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contact@hrdmemorial.org