Jane Beatriz Machado da Silva

Jane Beatriz da Silva Nunes, 60 anos, foi militante do movimento negro, feminista e defensora dos direitos humanos. Atuou no desenvolvimento da comunidade e foi capacitada pela ONG Themis – Justiça de Gênero e Direitos Humanos como “Promotora Popular Legal” (PLP).

As “Promotoras Legais Populares” (PLPs), conhecidas em diversos países da América Latina como “agentes comunitárias multiplicadoras”, são lideranças comunitárias que ouvem, orientam, aconselham e ajudam outras mulheres a terem acesso à justiça e aos serviços que deveriam ser exigidos quando elas sofrem uma violação de direitos humanos. Além desse papel orientador, as PLPs compartilham informações e promovem o uso da lei no cotidiano de mulheres negras e pobres para fazer valer seus direitos.

Jane era bastante conhecida em sua comunidade no Grande Cruzeiro, bairro pobre da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nascida em Encruzilhada do Sul (RS), Jane morava na comunidade Grande Cruzeiro há 40 anos. Ela esteve envolvida na constituição da Associação União das Vilas, que reúne 36 comunidades do Grande Cruzeiro, zona sul da capital gaúcha.

Jane Beatriz ajudou a formar várias ONGs de apoio às mulheres, como Maria Mulher, Associação de Mulheres Solidárias da Vila Cruzeiro (Assmusol) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na comunidade.

Em 8 de dezembro de 2020, policiais invadiram a casa de Jane Beatriz enquanto ela estava no mercado. Ao chegar em casa, ela desafiou os policiais e morreu em circunstâncias que ainda precisam ser devidamente investigadas. Desde o incidente, a polícia divulgou diferentes versões do ocorrido e a ONG Themis emitiu uma declaração pedindo uma investigação completa sobre sua morte.

Enquanto a polícia alegou que Jane Beatriz morreu de causas naturais, em consequência de uma hemorragia cerebral, um vizinho, que afirma ter testemunhado o incidente, afirmou que a polícia espancou Jane Beatriz, o que teria provocado a hemorragia.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Rio Grande do Sul

Gênero1:Feminino

Idade:60

Data da morte:08/12/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Promotoras Legais Populares (PLPs)

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos Civis e Políticos, Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à Moradia, Direitos da Mulher, Direitos dos afro descendentes

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

Jane Beatriz Machado da Silva

Jane Beatriz da Silva Nunes, 60 anos, foi militante do movimento negro, feminista e defensora dos direitos humanos. Atuou no desenvolvimento comunitário e foi capacitada pela ONG Themis – Justiça de Gênero e Direitos Humanos como “Promotora Popular Legal” (PLP).

As “Promotoras Legais Populares” (PLPs), conhecidas em diversos países da América Latina como “agentes comunitários multiplicadores”, são lideranças comunitárias que ouvem, orientam, aconselham e ajudam outras mulheres a terem acesso à justiça e aos serviços que deveriam ser exigidos quando sofrem uma violação dos direitos humanos.

Além desse papel orientador, os PLPs compartilham informações e promovem o uso da lei no cotidiano de mulheres negras e pobres para fazer valer seus direitos. Jane era bastante conhecida em sua comunidade no Grande Cruzeiro, bairro pobre da cidade de Porto Alegre / RS. Nascida em Encruzilhada do Sul (RS), Jane morava na comunidade Grande Cruzeiro há 40 anos.

Esteve envolvida na constituição da Associação União das Vilas, que reúne 36 comunidades do Grande Cruzeiro, zona sul da capital gaúcha. Jane Beatriz ajudou a formar várias ONGs de apoio às mulheres, como Maria Mulher, Associação de Mulheres Solidárias da Vila Cruzeiro (Assmusol) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na comunidade.

Em 8 de dezembro de 2020, policiais invadiram a casa de Jane Beatriz enquanto ela estava no mercado. Ao chegar em casa, ela desafiou os policiais e morreu em circunstâncias que ainda precisam ser devidamente investigadas. Desde o incidente, a polícia divulgou diferentes versões do incidente e Themis emitiu uma declaração pedindo uma investigação completa sobre sua morte.

Enquanto a polícia alegou que Jane Beatriz morreu de causas naturais, em consequência de uma hemorragia cerebral, um vizinho, que afirma ter testemunhado o incidente, afirmou que a polícia espancou Jane Beatriz, o que provocou a hemorragia.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Rio Grande do Sul

Gênero1:Feminino

Idade:60

Data da morte:08/12/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Promotoras Legais Populares (PLPs)

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos Civis e Políticos, Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à Moradia, Direitos da Mulher, Direitos dos afro descendentes

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).

Jane Beatriz Machado da Silva

Jane Beatriz da Silva Nunes, 60 anos, foi militante do movimento negro, feminista e defensora dos direitos humanos. Atuou no desenvolvimento da comunidade e foi capacitada pela ONG Themis – Justiça de Gênero e Direitos Humanos como “Promotora Popular Legal” (PLP).

As “Promotoras Legais Populares” (PLPs), conhecidas em diversos países da América Latina como “agentes comunitárias multiplicadoras”, são lideranças comunitárias que ouvem, orientam, aconselham e ajudam outras mulheres a terem acesso à justiça e aos serviços que deveriam ser exigidos quando elas sofrem uma violação de direitos humanos. Além desse papel orientador, as PLPs compartilham informações e promovem o uso da lei no cotidiano de mulheres negras e pobres para fazer valer seus direitos.

Jane era bastante conhecida em sua comunidade no Grande Cruzeiro, bairro pobre da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nascida em Encruzilhada do Sul (RS), Jane morava na comunidade Grande Cruzeiro há 40 anos. Ela esteve envolvida na constituição da Associação União das Vilas, que reúne 36 comunidades do Grande Cruzeiro, zona sul da capital gaúcha.

Jane Beatriz ajudou a formar várias ONGs de apoio às mulheres, como Maria Mulher, Associação de Mulheres Solidárias da Vila Cruzeiro (Assmusol) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na comunidade.

Em 8 de dezembro de 2020, policiais invadiram a casa de Jane Beatriz enquanto ela estava no mercado. Ao chegar em casa, ela desafiou os policiais e morreu em circunstâncias que ainda precisam ser devidamente investigadas. Desde o incidente, a polícia divulgou diferentes versões do ocorrido e a ONG Themis emitiu uma declaração pedindo uma investigação completa sobre sua morte.

Enquanto a polícia alegou que Jane Beatriz morreu de causas naturais, em consequência de uma hemorragia cerebral, um vizinho, que afirma ter testemunhado o incidente, afirmou que a polícia espancou Jane Beatriz, o que teria provocado a hemorragia.


Se quiser enviar uma recordação pessoal, favor nos enviar por e-mail: HRDMemorial@frontlinedefenders.org

Região:Américas

País:Brasil

Departamento/Província/Estado:Rio Grande do Sul

Gênero1:Feminino

Idade:60

Data da morte:08/12/2020

Tipo de trabalho:Líder comunitário

Organização:Promotoras Legais Populares (PLPs)

Setor ou Tipo de Direitos que o/a DDH trabalhava:Direitos Civis e Políticos, Direitos ESC

Detalhes do Setor:Direito à Moradia, Direitos da Mulher, Direitos dos afro descendentes

Maiores informações:Front Line Defenders

1Essa base de dados registra a opção de gênero. Caso eles/as não se identifiquem com o gênero masculino ou feminino, eles/as podem utilizar a opção de registro ‘outro/nenhum’ ou utiliizar o termo IGNB (identidade de gênero não binária).