O dirigente camponês Ademir de Souza Pereira, 44 anos, foi executado a tiros na tarde do 6 de julho 2017 aproximadamente às 15 horas, em um posto de lavagem de veículos, localizado na esquina das Ruas Algodoeiro e Viçosa, Bairro Conceição, na Zona Sul de Porto Velho, capital do estado de Rondônia.
De acordo com informações de testemunhas, Ademir estava no lava jato, quando dois criminosos chegaram em um carro modelo Focus de cor escura e o passageiro já desceu do veículo com uma pistola na mão. Ao perceber que iria ser executado Ademir tentou correr, mas acabou sendo atingindo por dois tiros nas costas, e depois de cair, foi executado com um tiro na nuca. Morreu antes de receber atendimento médico de uma equipe do Samu. Os suspeitos fugiram sem deixar rastros. Equipes da Polícia Militar foram acionadas e atenderam a ocorrência. Pelo menos três cápsulas de pistola calibre ponto 40 foram recolhidas no local. Agentes da Delegacia de Homicídios investigam o crime.
Ademir Pereira – que era militante da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) em Ariquemes e liderança dos acampamentos Terra Nossa 1 e 2 (Cujubim)– estava na capital do estado junto com a sua esposa e outros três companheiros, onde participava de uma reunião com Cletho Brito, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Segundo a esposa de Ademir Pereira, o assassinato pode estar relacionado às ameaças que vinham sofrendo de um latifundiário da região do Vale do Jamari. Ainda segundo os relatos recebidos na Redação de A Nova Democracia, quando o corpo de Ademir estava sendo velado por vários acampados e familiares, um moto-taxista chegou ao local e chamou pela esposa do dirigente camponês. Antes que ela chegasse ao portão, ele partiu, deixando um bilhete com as pessoas que estavam na frente da casa, cuja mensagem se tratava claramente de uma ameaça de morte à toda família de Ademir.