Alexsandro dos Santos Gomes, 40 anos, líder da Comunidade Quilombola de São Francisco do Paraguaçu e fundador do Movimento de Resistência Camponesa (MRC), foi assassinado na noite de terça-feira, 31 de maio de 2016, por 5 homens que chegaram de barco, entraram na sua casa, atiraram nele e em seu pai e fugiram em seguida na mesma embarcação em que chegaram.
Alexsandro levou vários tiros nas costas e na cabeça, morrendo no local, enquanto o seu pai, Antoniel Cerqueira Gomes, levou um tiro no pé e teve que ser tratado, mas foi liberado em seguida.
A Comunidade Quilombola, lar de cerca de 300 famílias que vivem de agricultura de subsistência, da pesca, da coleta de mariscos e do extrativismo da piaçava, vem sendo ameaçada há anos pela atividade de madereiros ilegais. Em 2011, um coordenador no Movimento de Resistência Camponesa, Paulo Ardes, foi preso com falsas denúncias após denunciar atividade de desmastamento ilegal cometida por um fazendeiro poderoso da região.
A polícia acredita que a execução de Alexsandro tenha sido motivada pelas denúncias que ele fez de desmantamentos ilegais em fazendas da região do recôncavo baiano.