O Assassinato
Fonte: Amazon Watch & Rainforest Foundation US
Firmino Silvino Prexede Guajajara, 45 anos, era o líder da Vila Silvino (Terra Indígena Cana Brava). Em 7 de dezembro de 2019, um indivíduo não identificado atirou e matou dois indígenas no estado do Maranhão, Firmino Prexede Guajajara e Raimundo Guajajara, e feriu outros dois.
O atirador disparou contra as vítimas de dentro de um veículo em movimento na rodovia brasileira BR 226, que atravessa a terra indígena de Cana Brava, do povo Guajajara no estado do Maranhão, entre as aldeias Boa Vista e El Betel, localizadas entre as cidades Grajaú e Barra do Corda.
Os homens indígenas estavam se locomovendo de moto na estrada. O grupo de indígenas estava voltando de uma reunião com a Eletronorte, empresa brasileira de serviços públicos de eletricidade e Funai (Fundação Nacional do Índio), onde defendiam seus direitos.
Uma pessoa indígena gravou um vídeo (neste link) no local pedindo às pessoas que compartilhassem a mensagem: “Por favor, divulgue este vídeo para que as pessoas possam conhecer o estado de vulnerabilidade em que estamos, por falta de segurança, por atos ilícitos que algumas pessoas praticam. E agora nossos parentes tiveram que pagar com suas próprias vidas. Isso não pode continuar acontecendo. As autoridades brasileiras e os órgãos responsáveis devem agir sobre isso”.
A reação
Fonte: Telesurtv.net
Sônia Guajajara, ex-candidata do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), denunciou o ataque.
“Testemunhas mencionaram que viram um carro branco que diminuiu a velocidade e abriu fogo contra os indígenas”, como relatado na Forum, mídia local.
Firmino Prexede Guajajara morreu no local e Nelsi Olimpio Guajajara levou um tiro na perna. Eles estavam voltando de uma reunião política na qual foi discutida a defesa dos territórios indígenas.
Fonte: Reuters
Os povos indígenas no Brasil enfrentam uma escalada de violência durante a presidência de Jair Bolsonaro, que prometeu reduzir os direitos indígenas e incentivou a exploração comercial de suas terras protegidas. Os povos indígenas enfrentam violência, principalmente de madeireiros e mineiros ilegais.
Magno Guajajara, porta-voz da tribo, disse que não sabia por que os dois homens foram baleados, a quem ele identificou como Firmino Guajajara e Raimundo Guajajara. Os dois estavam em uma estrada, voltando de uma reunião, quando o tiroteio aconteceu.
Fonte: Greta Thunberg on Twitter
“Os povos indígenas estão literalmente sendo assassinados por tentar proteger a floresta do desmatamento ilegal. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso.”
Fonte: AJ+ Twitter
‘Esse guardião da floresta indígena foi ferido por tiros de um carro que passava. Dois outros membros da tribo Guajajara foram mortos e um outro foi ferido no Maranhão, Brasil.
“Este crime não pode ficar impune”, disse a líder de Guajajara, Sônia Guajajara, em comunicado.
A Investigação
Fonte: The Guardian
Magno Guajajara, porta-voz da tribo, disse que não sabia por que os dois homens, que ele identificou como Firmino Guajajara e Raimundo Guajajara, foram mortos a tiros. Ele disse que os agressores abaixaram as janelas dos carros e abriram fogo contra o grupo.
“Eles estavam atirando em todos”, disse ele.
As autoridades informaram que estavam investigando, mas não disseram se alguém havia sido detido.
O incidente ocorreu na reserva indígena Cana Brava, que abrange 137.000 hectares no estado do Maranhão e possui 4.500 habitantes, segundo registros do governo.
A Polícia Federal do Brasil está investigando o assassinato em El-Betel e sua motivação, afirmou o Ministro da Justiça, Sergio Moro, nas mídias sociais. Moro também disse que está avaliando a possibilidade de enviar uma equipe da Guarda Nacional para o estado.