Gerardo Caferino Servían Coronel, 44 anos, foi um importante repórter paraguaio que foi morto a tiros no município de Ponta Porã, no estado de Mato Grosso do Sul (ao lado da fronteira Brasil-Paraguai).
Ele trabalhou para uma rádio local no Paraguai chamada “Ciudad Nueva Fm de Sanja Pytã”, perto da cidade de Pedro Juan Caballero, sendo que havia se mudado recentemente para a cidade brasileira, porque sua filha estava matriculada em uma escola localizada lá.
Fontes afirmam que Gerard foi baleado nove vezes por pistoleiros não identificados que estavam a bordo de uma motocicleta, em 4 de março de 2015.
Seu irmão “Kiko” Servían, também jornalista, afirmou que o comunicador não havia informado sobre ameaças de morte, mas que “nesta área do país é normal silenciar jornalistas com tiros”. Além disso, afirmou, em outra entrevista, que “tudo apontava para uma questão política”, porque Gerardo havia criticado Marcelino Rolón, membro do Partido Colorado.
Ainda, Sara Rafsky, do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), pesquisadora associada ao programa das Américas, de Nova York, declarou que:
“A fronteira paraguai-brasil tornou-se uma das regiões mais perigosas para jornalistas no hemisfério ocidental” (…) “Autoridades de ambos os países devem se unir para investigar o assassinato de Gerardo Ceferino Servían Coronel e trazer os responsáveis para justiça para demonstrar que não permitirão que a imprensa seja aterrorizada “.
No entanto, de acordo com esse mesmo Comitê na época, “a polícia brasileira disse a eles que não havia estabelecido motivos para o assassinato e não havia suspeitos”.
Por fim, até mesmo a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, condenou o assassinato do jornalista da rádio paraguaia:
“Eu condeno o assassinato de Gerardo Ceferino Servian Coronel” (…) “Ele se torna a última vítima em uma longa lista de profissionais da mídia mortos nesta região. Jornalistas devem ser capazes de desempenhar suas funções sem temer por suas vidas. A liberdade de expressão – um dos pilares da sociedade democrática – depende disso. Desejo que as autoridades investiguem minuciosamente este crime e levem os responsáveis à justiça ”.