Os irmãos Jesser Batista Cordeiro, de 29 anos, e Nivaldo Batista Cordeiro, de 32 anos, desapareceram no dia 24 de maio de 2016 e os corpos foram encontrados 2 dias depois com marcas de disparos e boiando no rio Candeias, município de Buritis, Rondônia.

Jesser e o irmão, Nivaldo, eram moradores do Acampamento 10 de Maio, região de Alto Paraíso do Oeste, Município de Buritis, Rondônia, o qual é vinculado à Liga dos Camponeses Pobres (LCP). O Acampamento está situado no Vale do Jamari, área que há anos concentra um dos maiores números de casos de violência por conflitos em disputas de terras públicas de todo o Brasil.

Em 2013 o fazendeiro Caubi Moreira Quito entrou com uma ação de reintegração de posse contra os acampados, mas teve o pedido negado depois que foi constatado que a fazenda estava em terra pública grilada e que já havia sido desapropriada para a reforma agrária.

O fazendeiro não se conformou e seguiu-se uma disputa acirrada e violenta pelo controle da região. Tendo a polícia militar feito diversas tentativas de reintegração de posse, mesmo sem ordem judicial.

O camponeses relatam constantes ameaças de morte por parte do fazendeiro Caubi Moreira Quito, o qual teria dito que iria matar todos “sem terras antigos”. Segundo depoimento prestado pelo próprio à Polícia Civil, Caubi Moreira Quito teria contratado 10 policiais militares para fazerem a segurança na fazenda em troca de terras.

A Liga dos Camponeses Pobres acredita que o assassinato foi praticado por policiais por conta das caracteristicas do crime: os irmãos saíram de casa de manhã, à luz do dia,