José Dias de Oliveira Lopes Guajajara era um líder indígena dedicado à defesa do direito à terra e à protecção de territórios indígenas.
No dia 21 de Novembro de 2016, o seu corpo foi encontrado no rio Mearim, com sinais de estrangulamento e mutilação. Os indígenas acreditam “que o homicídio se deve a um antigo conflito pela disputa de uma faixa de terra dentro da [Terra Indígena] TI Bacurizinho”, no estado de Maranhão.
Os Guajajara, também conhecidos como Tenetehara, são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil que habitam onze terras indígenas situadas na margem oriental da Amazónia. Ligados à defesa do direito à terra, vários membros da tribo têm sido alvo de ameaças e ataques por não-indígenas ligados, em grande parte, à exploração da madeira. Os Guajajara da TI Bacurizinho lutam já há mais de três décadas pela totalidade dos territórios indígenas.
Os membros da tribo são alvo de grande repressão por parte de forasteiros que procuram roubar-lhes as terras e recursos naturais, não recebendo, porém, especial protecção. Inclusive, a filha do defensor de direitos humanos contou ao Ministério Público Federal (MPF) que José havia já recebido, ele mesmo, várias ameaças.
José Dias de Oliveira Lopes Guajajara (à direita da fotografia) é um dos seis Guajajara a quem tiraram a vida no período de 90 dias no final de 2016.
É um líder a ser lembrado pelo seu povo e por todos aqueles que defendem os direitos humanos.