Manoel Quintino da Silva Kaxarari, 40 anos, líder da Aldeia Buriti nas terras indígenas Kaxarari, foi assassinado em 26 de junho de 2017 em frente à sua casa na Vila Marmelo, Rondônia.
Às 19h do dia em questão, 2 homens encapuzados chegaram de moto em sua casa e lhe chamaram. Quando saiu à porta, Manoel Quintino da Silva Kaxarari foi alvejado no rosto. Ele ainda tentou voltar para dentro, mas os atacantes o alcançaram e dispararam diversos tiros em suas costas. Durante o ataque, uma criança também foi ferida por uma bala perdida.
Acredita-se que o ataque tenha sido perpetrado por madereiros ilegais que atuavam na região.
Os conflitos com madereiros ilegais e grileiros de terra na Amazônia não são recentes, há anos tem-se uma conjuntura de violações de direitos, violência e impunidade na região. Situação essa que só se agravou com o novo presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, em 2019, visto que uma de suas plataformas de governo é a restrição de reservas ambientais e à demarcação de terras indígenas, bem como a facilitação da exploração dos recursos naturais (https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/06/19/bolsonaro-devolve-demarcacao-de-terras-indigenas-para-agricultura1.ghtml).