Valmir Mota de Oliveira, o Keno, foi assassinado no Acampamento Terra Livre, em Santa Tereza do Oeste, Paraná. Era membro da Via Campesina e seu assassinato foi feito por uma milícia que teria sido contratada pela Syngenta Seeds, em conjunto com a Sociedade Rural da Região Oeste (SRO), e o Movimento dos Produtores Rurais (MPR).
O local já havia sido ocupado pelas famílias em 14 de março de 2006 e foi despejada em novembro de 2006, após liminar de reintegração de posse emitida pela Justiça Estadual de Cascavel. Após isso, a área foi desapropriada pelo Governo do Estado para a criação de um Centro de Agroecologia e mais uma vez os camponeses ocuparam o local.
Importante mencionar que a Syngenta já havia sido multada pelo IBAMA, em 2006, a pagar uma multa de 1 milhão de reais por realizar experimentos ilegais na área. Diante da ameaça de que retornariam com os experimentos e pelo fato de não terem pago a multa aplicada pelo IBAMA, aproximadamente 200 camponeses da Via Campesina reocuparam o local. Neste mesmo dia a milícia atacou o acampamento disparando tiros na direção das pessoas que atingiram e assassinaram Keno. Outros três camponeses foram feridos. Em 2015, a Syngenta foi responsabilizada pela justiça e condenada a pagar indenização aos familiares de Keno pelos danos morais e materiais.